segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Prefeito que fizer plano diretor sem acessibilidade cometerá improbidade



Projeto de lei no Senado prevê penalidades ao gestor que não incluir programa de rotas acessíveis no Plano Diretor de seu município, esclarece Mara Gabrilli neste artigo 

Prefeito que fizer plano diretor sem acessibilidade cometerá improbidade
Brasília créditos: Uirá Lourenço/ Mobilize

O Brasil tem 5.570 municípios que abrigam perto de 46 milhões de pessoas com deficiência. Todas essas cidades têm incalculáveis calçadas por onde esse público e toda a população precisa circular quando vai ao trabalho, às compras, à escola, ao lazer, enfim, quando sai de casa. Esses espaços, que chamamos formalmente de passeio público, tem uma única função: possibilitar que os cidadãos possam ir e vir com liberdade e segurança.
Aliás, uma cidade que privilegie seus pedestres garante o direito de ir e vir de todo cidadão. Esse direito, que está previsto na Constituição Federal, hoje é reforçado e delineado pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), da qual fui relatora na Câmara dos Deputados e que contou com uma grande participação da sociedade civil.
Melhoria das calçadas é, por lei, obrigação do poder público.

Foto: Jéssica Lucena/ Mobilize (Calçadas do Brasil 2019)



Melhoria das calçadas é, por lei, obrigação do poder público. Foto: Jéssica Lucena/ Mobilize (Calçadas do Brasil 2019)
Como já mencionado aqui no Mobilize, a LBI alterou o Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001) para exigir da União, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a promoção da melhoria das condições das calçadas.
De acordo com essa mudança, todo Plano Diretor de cidades com mais de 20 mil habitantes deve conter um plano de rotas acessíveis “que disponha sobre os passeios públicos a serem implantados ou reformados pelo poder público, com vistas a garantir acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e vias existentes, inclusive as que concentrem os focos geradores de maior circulação de pedestres, como os órgãos públicos e os locais de prestação de serviços públicos e privados de saúde, educação, assistência social, esporte, cultura, correios e telégrafos, bancos, entre outros, sempre que possível de maneira integrada com os sistemas de transporte coletivo de passageiros.”
O Plano Diretor Estratégico orienta o desenvolvimento da cidade na direção do equilíbrio social, ambiental e econômico, aumentando a qualidade de vida da população. Esse Plano e/ou Código é elaborado pelo Executivo e aprovado pelo Legislativo, nas Câmaras Municipais.
Responsabilidade
Para reforçar a inclusão da acessibilidade nesse documento, protocolei recentemente no Senado o Projeto de Lei nº 5.554/2019, que estabelece uma penalidade ao gestor municipal que não incluir o plano de rotas acessíveis no Plano Diretor do município. Nesse caso, o prefeito incorrerá em improbidade administrativa.
A responsabilidade pelas calçadas deve seguir a mesma lógica da obrigação dos municípios quanto aos postes de iluminação: a “entrega” do serviço no domicílio não gera para o morador a responsabilidade pela sua conservação. Qualquer dano neste ou outro mobiliário urbano, bem como a pavimentação ou a calçada, é exclusivamente de responsabilidade da Prefeitura.
Ter o Poder Público à frente da construção e reforma de calçadas vai de acordo com diretrizes já adotadas há décadas por metrópoles como Londres e Tóquio, onde o passeio público é 100% acessível a todos os pedestres.
Já passou da hora de as prefeituras do Brasil assumirem o compromisso com a LBI e o direito de ir e vir de todos os cidadãos. Afinal, cabe à população zelar pela mobilidade e pelo mobiliário urbano, mas a competência e a obrigação de garantir o bom funcionamento e a manutenção devem ser dos gestores municipais, que a partir de agora não terão mais desculpas para não fazê-lo.
A calçada é uma política pública transversal. Ela passeia por várias outras áreas, como a saúde, o transporte, a segurança, o turismo.. . E o prefeito que gere pensando no bem estar da população precisa ter isso no radar. Espaços bem cuidados refletem diretamente na saúde da população, no orçamento público em geral e no cartão postal do nosso País.


Fonte
Mobilize.org.br

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Falta de acessibilidade nas rampas de aceso

Eu estou de olho na acessibilidade de Jundiaí e neste vídeo quero demonstrar o quanto a falta de manutenção nas rampas de acesso podem trazer dificuldades e atrapalhar a livre circulação para nós deficientes físicos.
Precisamos de rampas adequadas, para exercer tranquilamente o nosso direito de ir e vir.
“Para nós cadeirantes, calçadas sem rampas ou com rampas inadequadas, são muro"
Caso queira dar alguma dica ou apontar algum lugar em Jundiaí que tenha essa deficiência em nos atender, por favor me avise, que irei até o local para gravar um vídeo como esse e também irei atrás de melhorias junto as autoridades de nossa Cidade.

sábado, 18 de maio de 2019

XII Conferencia Municipal da Pessoa com Deficiência de Jundiaí







Ontem (17/05/2019), foi realizada a XII Conferência Municipal da Pessoa com Deficiência de Jundiaí, com o tema: “O Papel do Conselho como Instrumento de Garantia dos Direitos Sociais”. Tivemos a apresentação de todas as entidades reabilitadoras e suas funções, esteve presente nosso Prefeito Luiz Fernando Machado e outras autoridades do Município, para a abertura do evento.
Durante o mesmo, foi realizada a eleição dos novos conselheiros, que irão compor o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Jundiaí no biênio 2019/2021, onde com muita honra fui eleito como um dos conselheiros e estarei nesta luta por melhorias.
O Conselho da Pessoa com Deficiência é muito importante e precisamos mantê-lo, pois é através dele que conseguimos melhorar as Políticas Públicas e a acessibilidade da nossa Cidade. Vamos juntos lutarmos por nossos direitos! Vamos juntos lutar por uma Jundiaí melhor!





sexta-feira, 3 de maio de 2019

Reunião com o Prefeito de Jundiaí e o Gestor de Serviços Públicos




Prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado
Gestor de Serviços Públicos, Adilson Rosa
Continuando os projetos... Na manhã de ontem (02/05/19), estive na Prefeitura de Jundiaí, para falar com o Prefeito Luiz Fernando, e o Gestor de Serviços Públicos, Adilson Rosa, para pedir melhorias na acessibilidade da cidade e manutenção nas que já tem e não estão adequadas. O objetivo é que nós deficientes saiamos de nossas casas para conquistar nosso espaço na Sociedade, sem medo de ficarmos presos pelo caminho, por falta de acessibilidade.
Vamos compartilhar essa ideia e aos poucos conseguir melhorar nossa Cidade para benefício todos!


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quarta-feira, 3 de abril de 2019

Por mais acessibilidade em Jundiaí e na Câmara Municipal

Na noite de ontem estive na Câmara de Jundiaí para reivindicar melhorias na acessibilidade da cidade, e mostra que não queremos privilégios apenas queremos nossa independência que nos é tirada pela falta da acessibilidade, queremos uma cidade onde todos possam ir e vir sem nenhum impedimento.


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